Saturday, November 11, 2006

Sorrisos insustentáveis
O corpo sorri a custa das lágrimas da alma
Quero alguém que me ame
Pelo brilho nos meus olhos
Pelo retumbar do meu coração
Pelas minhas pintas espalhadas pelo meu corpo
Pela disposição das linhas em minhas mãos
Cansei
Cansei da ode à minha carne
Onde minha alma permanece encoberta
Cansei
Cansei de ter que agradecer
A elogios sobre minha pele, á minha casca
Ame-me em silêncio
Enquanto durmo
Ame-me sem encostar-se a mim
Roçando somente sua alma na minha
Ame-me pela minha existência sobre a terra
Não pela minha existência na sua vida
Não quero que você seja uma nuvem em minha vida
Quero que você chova, que troveje e relampeje
Que me faça sentir viva
Ardente em fogo
Ainda que não haja chama que sobreviva
Muito tempo em uma tempestade

5 comments:

Princesa Sisi said...

hehe agora q tou lendo nietzsche, a alma que é tão superflua e pouco importante... vc vem e faz um poema sobre ela... ^^ mas eu concordo tmb com vc!

=P

Anonymous said...

A espera da alma nunca é em vão!

Carol foca said...

Nossa...arrepiei ao ler...
Muito lindo!
Encheu meus olhos de lágrima, pq é difícil encontrar pessoas que pensem assim, e mais difícil ainda encontrar pessoas para te verem assim...
Adorei muito!!!

Beijocas para as três pessoas do blog!!

Anonymous said...

Ou ama-se por completo ou não se ama.

BrainOrb said...

Eu diria que amarei(ou amaria ou amo, não sei mais, essas coisas são tão complicadas...) assim até Nietzsche me deixar mais confuso do que estava e que sempre fui quando afirmou que ninguém ama o amado e sim o amor, que ninguém deseja o objeto desejado, mas sim o desejo de possuí-lo, que todo amor é amor próprio e que todo ser humano é essencialmente egoísta.
Sempre pensei como seu poema, mas agora... não sei... agora simplesmente não sei...