Thursday, September 24, 2009

O Concreto desconcretizar


A minha poesia concreta se desconcretiza

Na mesma velocidade em que o sol se põem

Alto lá, no horizonte

Na mesma velocidade

Em que eu brinco de esconde-esconde

Com a minha própria sombra

Na mesma velocidade

Com que eu nasço e renasço de minhas cinzas

O des-concreto escorre pela calçada quente do meio dia

E corre até virar rio

E corre até virar mar

E corre até virar ar

E corre até virar o mundo inteiro

Não quero mais o eu-concreto

Me quero em todas as forma

Me quero em sua forma

Quero a minha forma na sua forma

A nossa forma (des) concretizada

Em algo que se re-concretiza em todo lugar